27/07/2021

A participação do agronegócio no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil segue em crescimento: de 20,5% em 2019 para 26,6% em 2020. Números como esses, divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em parceria com a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), comprovam a importância deste segmento.

 

Para se ter uma ideia, dos R$ 7,45 trilhões registrados no PIB do último ano, quase R$ 2 trilhões vieram do agronegócio. Quando apenas os rendimentos da produção agrícola são considerados, a agricultura responde por mais da metade da participação: 68%, seguida pela pecuária (32%).

 

Diante da relevância desta atividade, aqueles que trabalham no campo devem estar atentos às normativas de contabilidade. Afinal, bom negócio é aquele em que a produtividade se mantém em alta e os riscos são minimizados, não é mesmo?

 

Por isso, os ativos biológicos podem e devem ser mensurados! O Comitê de Procedimentos Contábeis (CPC) do Brasil dispõe de um pronunciamento que se refere apenas a eles: o de número 29. 

 

O CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola estabelece o tratamento contábil e as respectivas divulgações relacionadas aos ativos biológicos e aos produtos agrícolas. A norma define os ativos biológicos como seres vivos (plantas e animais) que, após o processo de colheita, tornam-se produtos agrícolas. Desse modo, deve ser realizada uma avaliação de valor justo sobre eles.

 

Confira alguns exemplos de ativos biológicos, produtos agrícolas e produtos resultantes após a colheita: 

 

• Cana-de-açúcar (ativo biológico), cana colhida (produto agrícola) e açúcar (produto resultante após a colheita);

• Carneiro (ativo biológico), lã (produto agrícola), fio e tapete (produtos resultantes após a colheita);

• Plantação de algodão (ativo biológico), algodão colhido (produto agrícola), fio de algodão e roupa (produtos resultantes após a colheita);

• Videira (ativo biológico), uva colhida (produto agrícola) e vinho (produto resultante após a colheita).

 

Agora, conheça 4 benefícios da avaliação de ativos biológicos: 

 

• Atualização do valor de mercado da produção (ativo biológico): ativos biológicos devem ser comercializados de acordo com o seu valor de mercado. A aplicação de um preço justo evita prejuízos a quem vende os ativos;

 

• Caracterização da área do plantio quanto a topografia, tipo de solo, clima e recursos: que recursos são necessários para iniciar o plantio de melancia? O clima do município onde eu possuo terras é propício para o cultivo de uva? A topografia e o tipo de solo da minha propriedade garantem resultados no cultivo de melão? Perguntas hipotéticas como essas precisam ser respondidas com exatidão no “mundo real”! Com assertividade na caracterização de itens como esses, é possível evitar investimentos que podem desapontar produtores.

 

• Contabilização do valor justo do estoque (ativo biológico): verificar os valores justos de todos os itens que compõem o estoque de ativos biológicos evita prejuízos! A partir da análise, é possível visualizar os itens de maior e menor valor, por exemplo. Com isso, implementar medidas de controle e melhor gerenciamento do estoque é apenas uma questão de tempo!

 

• Diagnóstico do estado de conservação das edificações: barracões, currais, poços artesianos e sistemas de energia são algumas das edificações que tipicamente compõem as propriedades rurais. Avaliar o estado de conservação dos espaços e garantir que eles tenham uma avaliação justa de valor é crucial para que operações de venda não sejam frustradas e não prejudiquem as partes interessadas. 

 

Para saber mais sobre a avaliação de ativos biológicos, clique aqui. Lembramos que o time de consultores da FERCIEN está à sua disposição em diferentes lugares do Brasil: 

 

Paraná:  +55 (41) 3026.2966

Pernambuco:  +55 (81) 3877.2900

Porto Alegre, RS: +55 (51) 3574.6273 

RS (outras regiões): +55 (54) 3223.2966

São Paulo: +55 (11) 3266.6412